Divergência por região
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A partir de uma perspectiva regional, é possível observar que há alguma consistência: 5 dos 10 principais riscos atuais — ataques cibernéticos/violação de dados, interrupção do negócio, desaceleração econômica/recuperação lenta, falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição e mudanças regulatórias/legislativas — aparecem em todas as geografias.
| |
Ásia pacífico |
Europa |
América Latina |
Oriente Médio e África |
América do Norte |
| 1 |
Ataques cibernéticos/violação de dados |
Ataques cibernéticos/violação de dados |
Ataques cibernéticos/violação de dados |
Flutuação da taxa de câmbio |
Incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos |
| 2 |
Desaceleração econômica/recuperação lenta |
Risco de preço das commodities/escassez de materiais |
Ataque cibernético o filtración de datos |
Fluctuación de la tasa de cambio |
No atraer o no retener a los mejores talentos |
| 3 |
Interrupção do negócio |
Interrupção do negócio |
Mudanças regulatórias/legislativas |
Interrupção do negócio |
Desaceleração econômica/recuperação lenta |
| 4 |
Incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos |
Desaceleração econômica/recuperação lenta |
Risco de preço das commodities/Escassez de materiais |
Risco de fluxo de caixa/liquidez |
Falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição |
| 5 |
Tendências de mercado em rápida mudança |
Incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos |
Risco político |
Risco político |
Interrupção do negócio |
| 6 |
Falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição |
Mudanças regulatórias/legislativas |
Desaceleração econômica/recuperação lenta |
Ataques cibernéticos/violação de dados |
Mudanças regulatórias/legislativas |
| 7 |
Mudanças regulatórias/legislativas |
Falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição |
Falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição |
Falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição |
Dano à reputação/marca |
| 8 |
Aumento da concorrência |
Dano à reputação/marca |
Dano patrimonial |
Risco de preço das commodities/escassez de materiais |
Incapacidade de inovar/atender às necessidades do cliente |
| 9 |
Incapacidade de inovar/atender às necessidades do cliente |
Incapacidade de inovar/atender às necessidades do cliente |
Dano à reputação/marca |
Incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos |
Escassez de mão-de-obra |
| 10 |
Risco de preço das commodities/escassez de materiais |
Escassez de mão-de-obra |
Clima/desastres naturais |
Incapacidade de inovar/atender às necessidades do cliente |
Risco de fluxo de caixa/liquidez |
Os ataques cibernéticos/violação de dados são o maior risco em três regiões na pesquisa mais recente; em 2021, apenas a América do Norte classificou esse risco como número um, ilustrando a escalada da gravidade e da globalização do risco cibernético. Enquanto em 2021 apenas cinco setores classificavam os ciberataques como seu principal risco, agora, nove indústrias o fazem, tanto no cenário atual quanto no futuro.
A incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos chegou à lista dos 10 principais em quatro regiões em nossa última pesquisa, em comparação com duas regiões em 2021. Outro risco de pessoal chave, a escassez de mão-de-obra, também está ganhando força, entrando na lista dos 10 principais das classificações atuais de risco na Europa e na América do Norte. O fato de esses riscos relacionados às pessoas não estarem incluídos na lista dos 10 principais atuais ou futuros da América Latina provavelmente reflete o crescimento lento que a região sofreu recentemente.
Os danos à reputação/marca permanecem na lista dos 10 principais riscos em três regiões em nossa pesquisa de 2023, embora em 2021 tenham sido classificados na quarta posição para a Ásia-Pacífico e agora tenham saído da lista dos 10 principais dessa região. Eles continuam na lista dos 10 principais dos participantes europeus e norte-americanos e entrou na lista dos 10 principais da América Latina.
O risco político, classificado na posição cinco em riscos atuais pelos entrevistados da América Latina e do Oriente Médio e da África, está ganhando terreno como uma ameaça percebida em meio à instabilidade política em andamento, subindo para a posição um e posição dois, respectivamente, nas classificações de riscos futuros dessas regiões.
O risco de preço das commodities/escassez de materiais está ganhando força e está aumentando nas classificações de risco futuros para os entrevistados na Ásia-Pacífico, América Latina e Oriente Médio e África e permanecendo no mesmo nível anterior para os entrevistados na Europa. Ele não aparece na lista dos 10 principais da América do Norte, nem na atual ou na de riscos futuros, sugerindo que os participantes da região podem ter a sensação de que a produção doméstica abundante oferece proteção significativa contra a escassez global de commodities.
Como dito anteriormente, os entrevistados da América Latina e da Europa incluem as mudanças climáticas em seus 10 principais riscos futuros. Uma revisão dos 10 principais eventos de perda econômica mais caros devido a catástrofes naturais no primeiro semestre de 2023 traz o contexto para essas classificações. Quatro dos cinco principais eventos em 2023 — terremotos na Turquia e na Síria; a seca da Bacia do Prata em todo o Brasil, Argentina e Uruguai; as inundações de Emilia Romagna na Itália; e a seca na Espanha — todos aconteceram durante o período de captura de dados da pesquisa, colocando o impacto devastador das mudanças climáticas em foco nessas regiões.
Divergência por cargo do respondente
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| |
RH |
Executivos de primeira linha |
Riscos |
Finanças |
| 1 |
Incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos |
Ataques cibernéticos/violação de dados |
Ataques cibernéticos/violação de dados |
Risco de preço das commodities/escassez de materiais |
| 2 |
Desaceleração econômica/recuperação lenta |
Incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos |
Interrupção do negócio |
Falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição |
| 3 |
Aumento da concorrência |
Desaceleração econômica/recuperação lenta |
Desaceleração econômica/recuperação lenta |
Desaceleração econômica/recuperação lenta |
| 4 |
Ataques cibernéticos/violação de dados |
Risco de preço das commodities/escassez de materiais |
Risco de preço das commoditiesescassez de materiais |
Ataques cibernéticos/violação de dados |
| 5 |
Escassez de mão-de-obra |
Mudanças regulatórias/legislativas |
Falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição |
Interrupção do negócio |
| 6 |
Tendências de mercado em rápida mudançao |
Interrupção do negócio |
Mudanças regulatórias/legislativas |
Mudanças regulatórias/legislativas |
| 7 |
Incapacidade de inovar/atender às necessidades do cliente |
Escassez de mão-de-obra |
Incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos |
Aumento da concorrência |
| 8 |
Mudanças regulatórias/legislativas |
Aumento da concorrência |
Dano à reputação/marca |
Risco de fluxo de caixa/liquidez |
| 9 |
Risco de fluxo de caixa/liquidez |
Falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição |
Incapacidade de inovar/atender às necessidades do cliente |
Incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos |
| 10 |
Falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição |
Risco de fluxo de caixa/liquidez |
Dano patrimonial |
Dano à reputação/marca |
Os profissionais de risco e executivos de primeira linha classificaram os ataques cibernéticos/violação de dados como o principal risco tanto atualmente quanto para o futuro. Os profissionais de RH escolheram a incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos como seu principal risco, e os profissionais de finanças selecionaram o risco de preço de commodities/escassez de materiais como o seu. Observa-se que o risco em 1ª posição para todos os tipos de cargos está também em suas listas tanto dos 10 principais riscos, tanto atualmente quanto no futuro.
Dado que a incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos está em alta em todas as regiões e indústrias, não é surpresa que os profissionais de RH o classifiquem como o risco atual e futuro de posição número um. Enquanto os entrevistados de RH e executivos de primeira linha classificam-na como um dos 10 principais riscos atuais, a escassez de força de trabalho não foi incluída nas listas atuais dos 10 principais para os entrevistados em outros cargos; isso é de se admirar, uma vez que essa é uma grande preocupação em vários setores-chave, incluindo saúde.
É também relevante o fato de que os executivos de primeira linha não tenham incluído os danos à reputação/marca em seus 10 principais riscos atuais, embora os profissionais de risco e finanças os classifiquem nas 8ª e 10ª, respectivamente. Como os executivos de primeira linha estão sob maior escrutínio de clientes, funcionários e acionistas ligados à responsabilidade social corporativa e ESG, o risco à reputação seria um provável candidato a um risco dentre os 10 principais. O fato de ele não aparecer nas listas dos 10 principais destes entrevistados indica que eles contam com medidas adequadas em vigor para gerir o risco ou que consideram que a responsabilidade pelo risco à reputação cabe às equipes de gestão de risco das suas organizações.
Os entrevistados em todos os cargos classificam a desaceleração econômica/recuperação lenta como o segundo maior risco, e todas as funções, exceto os profissionais de RH, incluem o risco político entre os seus 10 principais riscos futuros, ilustrando preocupações sobre as incertezas relacionadas com a volatilidade econômica e a política em curso. Outras classificações de risco variaram. Por exemplo, apenas os 10 principais riscos futuros dos profissionais de RH incluem o envelhecimento e os problemas de saúde relacionados à força de trabalho, bem como os riscos da IA.
Tomando melhores decisões para moldar o futuro
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Manter uma vantagem competitiva, proteger seu balanço patrimonial, focar na sua agenda de talentos e promover o crescimento sustentável não é simples no cenário em rápida evolução de hoje. Acreditamos que a resiliência ao risco e a sustentabilidade da força de trabalho são fundamentais para o sucesso de qualquer organização que esteja navegando na atual turbulência geopolítica e macroeconômica. Se os riscos emanam de uma agenda digital proativa, exposição climática, dependência da cadeia de suprimentos ou desafios de talentos, uma perspectiva compartilhada e análises baseadas em fatos (tanto retrospectivas quanto preditivas) pode fornecer insights inestimáveis sobre esses riscos e tendências que não apenas são capazes de informar os líderes de negócios, mas também lhes permitem tomar melhores decisões sobre sua gestão.
O que é exclusivo na pesquisa de 2023 da Aon é que ela ilustra vividamente a crescente proeminência da agenda de capital humano corporativo sob duas vertentes. Primeiro, mostra a oportunidade. Uma força de trabalho resiliente, qualificada e engajada será capaz de executar melhor a estratégia corporativa e criar uma vantagem competitiva tangível. Por outro lado, destaca os riscos. No cenário atual, o impacto indireto de errar na estratégia da força de trabalho é maior do que nunca e pode impedir que as empresas cumpram seus objetivos.
Os executivos de primeira linha e de pessoas continuam enfrentando desafios e oportunidades da força de trabalho, como uma pandemia global, trabalho remoto, um movimento de justiça social, a grande resignação/desistência silenciosa, o bem-estar dos funcionários e, mais recentemente, um cenário de incertezas econômicas. As fronteiras entre os riscos de capital humano e os de operações empresariais continuam cada vez mais incertas. A disponibilidade e as habilidades de nossas forças de trabalho são uma fonte aceleradora de riscos comerciais, como a interrupção da cadeia de suprimentos e do negócio, e o crescente perfil de ameaças estratégicas — como a falta de inovação ou o aumento da concorrência — criam um ambiente em que as lacunas de talentos se tornam uma das questões mais significativas na mente dos executivos.
À medida que os riscos convergem, a resposta das empresas precisa ser mais assertiva. Os conselhos administrativos e outras partes interessadas estão exigindo maior visibilidade de como esses riscos e oportunidades estão sendo monitorados e rastreados pela liderança. Como resultado, os líderes de pessoas precisam estar equipados com as informações para abordar esses tópicos de vários ângulos, incluindo como gerir e mitigar os riscos inerentes. Além disso, eles precisam demonstrar progresso no gerenciamento de exposições relacionadas em comparação com a de seus pares, bem como antecipar o que poderia vir a seguir.
Em um período de mudanças rápidas e maior volatilidade, líderes de pessoas, finanças e riscos precisam se unir para entender melhor como eles estão inter-relacionados. O objetivo deve ser o de ter uma interpretação única da importância estratégica e financeira do perfil de risco de suas empresas e seguir uma abordagem unida para mitigar, gerenciar e trazer capital para essas exposições. Esperamos que as descobertas da nossa pesquisa forneçam subsídios para reflexão sobre as principais áreas que ameaçam a volatilidade dos lucros para os negócios hoje e amanhã.