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Pesquisa Global de Gestão de Riscos

Principais conclusões

 

Introdução

As respostas à nossa Pesquisa Global em Gestão de Riscos 2023 sugerem que fazer negócios não ficou mais fácil desde a última vez que a Aon realizou a pesquisa, em 2021. Na verdade, nossos entrevistados sentem que fazer negócios se tornou ainda mais volátil e incerto.

Em 2021, quando nossos entrevistados classificaram seus principais riscos comerciais, a pandemia da COVID-19 teve um grande impacto. Os hackers exploravam as vulnerabilidades de segurança cibernética em todos os setores, tendo quebrado recordes de ataques maliciosos em 2020. As empresas que sobreviveram às paralisações deste período e à recessão global causada pela pandemia lutaram para se recuperar e se adaptar a um novo ambiente.

Nos dois anos que se seguiram, vivemos um turbilhão contínuo de mudanças macroeconômicas e geopolíticas. Apesar das previsões pessimistas sobre recessões generalizadas em 2023 da diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, não terem se materializado, o crescimento econômico na China, na União Europeia e nos Estados Unidos da América diminuiu drasticamente e vários países da zona do euro — incluindo a Alemanha, a maior economia da UE — entraram em recessão.

Enquanto a inflação prolongada e as taxas de juros flutuantes desaceleraram a economia global, a volatilidade geopolítica e a escassez da força de trabalho reduziram a produção de commodities e interromperam as cadeias de suprimentos. Além disso, eventos climáticos frequentes e severos causaram bilhões em perdas seguradas e evidenciaram uma grande lacuna de proteção. Hoje, é cada vez mais evidente que o combate às mudanças climáticas tem se tornado uma demanda social e organizacional de extrema relevância.

As organizações ainda têm se adaptado aos modelos de negócios que evoluíram rapidamente em meio à pandemia. Nessa mesma nota, a escassez crônica da força de trabalho, juntamente com o aumento das expectativas dos funcionários para o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal fazem com que seja necessário que as empresas proponham cada vez mais estratégias de valor competitivas para atrair e reter os melhores talentos. Essa perspectiva deve ser vista como um diferencial para as companhias: crescimento, produtividade e inovação exigem recursos humanos completos e indivíduos com alta competência.

Outro achado do estudo é que, embora as novas tecnologias, incluindo a inteligência artificial (IA) e a computação em nuvem, estejam ajudando as organizações a se tornarem mais eficientes, elas também estão prejudicando setores como a indústria do entretenimento e provocando debates éticos, preocupações com a violação da propriedade intelectual e apelos por controles mais rigorosos.

Comércio, tecnologia, clima e estabilidade da força de trabalho são os eixos centrais no cenário de risco atual. Embora cada um deles afete individualmente as exposições das organizações, o fato de estarem cada vez mais interconectados está tornando os riscos mais complexos, apresentando, assim,novos desafios aos líderes empresariais.

Comércio, tecnologia, clima e estabilidade da força de trabalho são os eixos centrais no cenário de risco atual. Embora cada um deles afete individualmente as exposições das organizações, o fato de estarem cada vez mais interconectados está tornando os riscos mais complexos, apresentando, assim,novos desafios aos líderes empresariais.

  1. Principais riscos
  2. Riscos futuros
  3. Riscos subestimados
  4. Divergência por região
  5. Divergência por cargo do respondente
  6. Tomando melhores decisões para moldar o futuro
  7. Apêndice

Principais riscos

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Riscos perenes, nova realidade

Embora muitos dos 10 principais riscos permaneçam inalterados desde 2021, o ambiente macroeconômico em que eles estão inseridos é notavelmente diferente. A velocidade de evolução dos riscos, que foi desencadeada pela pandemia em muitas áreas, continua intensificando e forjando uma maior interconectividade entre eles.

Descrição do risco

  1. Ataques cibernéticos/violação de dados
  2. Interrupção do negócio
  3. Desaceleração econômica/recuperação lenta
  4. Incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos
  5. Mudanças regulatórias/legislativas
  6. Falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição
  7. Risco de preço das commodities/escassez de materiais
  8. Dano à reputação/marca
  9. Incapacidade de inovar/atender às necessidades do cliente
  10. Aumento da concorrência
 

Como previsto na pesquisa de 2021, os ataques cibernéticos/violação de dados continuam sendo o principal risco atual e futuro, tanto globalmente quanto para profissionais da área e executivos de primeira linha. Este risco também está presente no ranking dos 10 principais riscos dos entrevistados de cada região. Para se ter um panorama geral, o risco cibernético não entrou nessa lista até 2015, mas desde então aumentou em importância e se tornou o maior de todos globalmente em 2021 e, novamente, em 2023.

Os programas de digitalização corporativa, bem como o aumento do trabalho remoto e o uso generalizado de automação e dos centros de serviços têm colocado a exposição cibernética como um aspecto crítico do sucesso organizacional geral. As ações e protocolos de mitigação podem rapidamente se tornar ineficazes assim que os invasores mudam suas táticas. Como destaca o Relatório de Resiliência Cibernética de 2023 da Aon, os ataques de ransomware foram mais de 1.010% mais elevados no terceiro trimestre de 2023 do que no primeiro trimestre de 2019, embora tenham diminuído em 2022. O aumento geral da atividade maliciosa é evidente nos relatórios regulares de violações e demonstra a necessidade de vigilância contínua e de proteções proativas.

Nossos entrevistados relataram que seu nível mais alto de prontidão para ataques cibernéticos/violação de dados está em 89%, enquanto que a perda de renda relatada por ataques cibernéticos/violação de dados permanece inalterada desde 2021, com 18%. De fato, esta é a segunda menor perda de renda relatada para os 10 maiores riscos globais. Esses números se alinham ao Relatório de Resiliência Cibernética da Aon: apesar de um aumento acentuado na frequência e na gravidade dos incidentes, os pagamentos de resgate permaneceram estáveis e a maturidade cibernética média melhorou, passando de "básica" para "gerenciada" de 2021 a 2023. Todos esses dados indicam que as organizações estão priorizando esse risco e até mesmo contam com planos em vigor para abordar seus potenciais efeitos em seus negócios.

Apesar dos níveis de preparação relatados, apenas 13% dos entrevistados afirmam que quantificaram o risco cibernético e 24% afirmam que desenvolveram planos de gestão de risco para ataques cibernéticos/violação de dados. Estes baixos números são preocupantes e sugerem uma desconexão entre a melhoria do risco tático e a governança do risco, desviando-se do que a Aon recomendaria como melhores práticas para a gestão empresarial nesta área. As organizações devem garantir que isto seja resolvido considerando que agora há uma mudança de requisitos regulatórios para relatar incidentes cibernéticos materiais e de governança de risco. Em suma, é possível dizer que a complexidade e a velocidade do risco cibernético permanecem desafiadoras para as organizações.

A interrupção do negócio continua sendo o segundo principal risco, e está intrinsecamente ligada a vários outros do ranking de 10 principais. Assim como os entrevistados do setor de recursos naturais, os na América Latina classificam-no como o risco atual número um. Este risco, no entanto, agora é mais sistêmico, em parte devido ao uso de novas tecnologias pelas operações de negócios globais. Além disso, o foco das empresas está mudando da avaliação de risco baseada em eventos para a baseada em impacto. Embora antes da pandemia seus impactos tenham sido vistos comumente como lineares, depois dela se tornou evidente que a interrupção do negócio pode afetar várias indústrias, regiões, vias comerciais e empresas ao mesmo tempo, mesmo depois que elas saem dos seus períodos de recuperação.

Concomitantemente, o número de eventos relacionados a este risco tem aumentado. Não apenas os critérios de avaliação deixaram de ser baseados em eventos para serem respaldados pelo impacto, mas também passaram a ser definidos através das perdas com ou sem danos materiais, além de estarem sendo redefinidos para incluir categorias relacionadas a meio ambiente, social e governança (ESG).

Impactos éticos, sociais e reputacionais são critérios cada vez mais significativos para perdas decorrentes da interrupção do negócio. Os chamados eventos sem danos podem não causar nenhum dano físico, porém não deixam de resultar em perdas materiais do tipo financeiro. No atual contexto de inflação persistente, em que alguns ativos aumentaram seu valor, o resultado é a criação de lacunas de cobertura de valorização em caso de perdas.

Classificada na oitava posição em 2021, a falha na cadeia de suprimentos/distribuição subiu quatro posições desde a nossa última pesquisa, estando elencada agora em sexto lugar — sua classificação mais alta em 14 anos. Esse risco está intrinsecamente ligado a ataques cibernéticos/violação de dados (classificado como número um), à interrupção do negócio (número dois) e ao risco de preço das commodities/escassez de materiais (classificado como número sete). A volatilidade geopolítica na Ásia e na Europa Oriental criou novas interrupções na produção e distribuição e agravou questões relativas à cadeia de suprimentos, como a escassez de mão de obra, que começou durante a pandemia. Diretores de compras em organizações multinacionais citam a inadequação das equipes no transporte e na logística de mercadorias como uma grande exposição da cadeia de suprimentos, impedindo-os de transportar o produto a um ritmo adequado.

De acordo com os dados desta pesquisa, menos de 40% das organizações realizaram avaliações de resiliência dos seus fornecedores e menos de 20% delas diversificaram sua base de abastecimento para mitigar o risco de falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição. Além disso, apenas 12% dos participantes indicaram quantificar este risco. Portanto, os esforços de mitigação insuficientes parecem estar intimamente correlacionados com um aumento a esta exposição.

Os entrevistados classificaram os danos à reputação/risco de marca na oitava posição — sua posição mais baixa desde a nossa primeira pesquisa, em 2007. Para 8% dos entrevistados, houve uma perda de renda decorrente de danos à reputação ou à marca durante os 12 meses anteriores à realização da pesquisa. Este é o mesmo número da nossa pesquisa de 2021, mas quando uma perda ocorre, incidentes que podem parecer inconsequentes são passíveis de se transformar rapidamente em manchetes globais quando amplificados pelas mídias sociais e no atual ritmo 24/7 de circulação de notícias. Além disso, eles também têm o potencial de reduzir a renda corporativa e as avaliações da empresa.

Os efeitos do dano à reputação sobre as percepções e o comportamento do consumidor – especialmente entre aqueles que estão mais atentos a questões como transparência e ética organizacional – podem ser imediatos e devastadores. Um incidente destes não só é capaz de amortecer as vendas e amplificar o custo de aquisição de um produto, mas também prejudicar toda a marca e desencadear uma perda substancial de renda. Os conselhos administrativos devem avaliar cada ação que tem potencial de se tornar uma ameaça se mal interpretada, especialmente em um cenário onde o público é dotado de opiniões e sensibilidades em constante mudança. E como os riscos cibernéticos e de reputação estão muito interligados, é vital que as empresas tenham um planejamento avançado robusto para a recuperação de incidentes. Embora os participantes da pesquisa pareçam estar atentos às causas e aos efeitos dos danos à reputação e à marca e estejam implementando planos para mitigá-los, eles estão tendo dificuldades em quantificar adequadamente este risco, com apenas 11% dos entrevistados relatando que haviam o feito.

A incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos, selecionado como um dos 10 principais riscos futuros pelos entrevistados da América do Norte e Ásia-Pacífico em 2021, foi ranqueado como o quarto risco atual e futuro em nossa mais recente Pesquisa Global de Gestão de Riscos, e os entrevistados de Recursos Humanos o colocam em primeiro lugar. Esta é a posição mais alta desde que a pesquisa começou.

Em meio à escassez global de força de trabalho, as organizações estão focadas nos esforços para ganhar e reter os melhores talentos. Isto porque a falta de pessoal foi um legado da pandemia que hoje está sendo agravado por um mercado de trabalho continuamente restritivo e por uma força de trabalho envelhecida. As análises demográficas anteriores previam uma fuga de talentos, mas é visível que existe uma preocupação maior com o problema do capital humano a partir de uma análise das respostas à nossa pesquisa mais recente.

De fato, uma constatação importante dos resultados deste ano é a influência evidente das questões de capital humano nos 10 principais riscos globais. É possível dizer que os déficits em talentos, força de trabalho ou habilidades especializadas críticas podem dificultar a inovação e a competitividade e aumentar a exposição a ataques cibernéticos, a violações regulatórias, à falha na cadeia de suprimentos, à interrupção do negócio e aos danos à reputação.

Os entrevistados estão cada vez mais preocupados com os potenciais impactos na receita proporcionados pela escassez de mão de obra que limita a produção e a distribuição de ativos. Além disso, o aumento da capacidade e as lacunas de competências são também de importância central. Nas principais áreas de habilidades, a competição por talentos é tão intensa que algumas empresas e até setores inteiros estão ficando para trás em várias frentes, incluindo em inovação. Por exemplo, 200 mil enfermeiros registrados deixaram a força de trabalho dos EUA. entre 2020 e 2022, potencialmente impactando os níveis de serviço e atendimento ao paciente e aumentando o risco de exposição das organizações à negligência médica e suas consequentes ramificações reputacionais e financeiras.

Os entrevistados em funções de recursos humanos classificam a incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos como seu risco atual e futuro número um. Na verdade, esse risco aumentou nos rankings futuros entre os entrevistados em todas as funções, exceto entre os executivos de primeira linha. Estes participantes classificam-no como o terceiro risco futuro e o segundo risco atual. Já os profissionais de risco e finanças incluem a incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos entre seus 10 principais riscos atuais nas posições sete e nove, respectivamente.

Enquanto 34% dos participantes relataram terem avaliado sua exposição a este risco, apenas 10% deles sabe como o quantificar, o que reflete o desafio que as organizações enfrentam ao calcular o verdadeiro impacto de um risco de capital humano altamente complexo.

As organizações em todo o mundo estão lutando contra a inflação elevada, o crescimento econômico estagnado e inúmeros outros obstáculos em seus esforços para crescer seus negócios e proteger seus balanços.

Enquanto isso, novos modelos de negócios liderados pela tecnologia estão evoluindo rapidamente, impulsionados por avanços como o da IA generativa e da computação em nuvem. Por conta desta digitalização generalizada, a necessidade de cultivar habilidades relevantes na força de trabalho atual e futura e recrutar pessoal qualificado se torna crucial para liderar e implementar mudanças em toda a organização. Ao mesmo tempo, são necessários talentos humanos que sejam capazes de investigar e gerenciar as implicações éticas, sociais e de segurança cibernética dessas novas ferramentas em suas formas globalmente interconectadas de fazer negócios. As tendências sociais e os efeitos duradouros da pandemia também diminuíram muito a disponibilidade de talentos especializados. Para resolver as lacunas da força de trabalho e atrair e reter funcionários com as habilidades e a experiência necessárias, as organizações estão revisando suas propostas de valor e tomando outras medidas para mitigar os riscos de capital humano.

Desde que conduzimos a pesquisa de 2021, os eventos climáticos levaram a uma maior preocupação com as mudanças climáticas e têm sido imprevisíveis em frequência e gravidade. As perdas associadas seguradas e não seguradas, juntamente com as perdas devastadoras de vidas, estão quebrando recordes. Essa realidade é notável quando comparamos a pesquisa de 2023 — em que quatro setores classificam o clima/desastres naturais entre seus 10 principais riscos atuais e o risco de mudanças climáticas está entre os 10 maiores para três setores — com a pesquisa de 2021, em que esses dois riscos apareceram no top 10 de apenas um setor.

Enquanto a exposição de uma organização aos riscos individuais se intensifica e evolui, as conexões entre eles também crescem. Em consequência disto, as organizações devem manter-se preparadas para seguir como exemplo, mesmo diante de desafios econômicos e de recursos humanos. Mas como os participantes estão respondendo a esse desafio?

A prontidão para riscos relatada pelas organizações serve como um bom barômetro da atividade geral de gerenciamento de riscos, sofisticação e dinamismo. Os entrevistados da nossa mais recente pesquisa relataram uma prontidão média de risco de 60% para os 10 principais riscos globais, o maior índice em 10 anos. É certo que cada vez mais organizações estão criando planos para abordar seus 10 principais riscos, uma tendência que já havia sido observada na edição de 2021 desta pesquisa.

Os 10 principais riscos Prontidão relatada 2023 Prontidão relatada 2021
Ataques cibernéticos/violação de dados 89% 87%
Interrupção do negócio 74% 74%
Desaceleração econômica/recuperação lenta 40% 37%
Incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos 62% 60%
Mudanças regulatórias/legislativas 50% 51%
Falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição 63% 63%
Risco de preço das commodities/Escassez de materiais 65% 58%
Dano à reputação/marca 51% 47%
Incapacidade de inovar/atender às necessidades do cliente 62% 56%
Aumento da concorrência 46% 42%

A prontidão para riscos aumentou para todos, exceto para um dos 10 principais riscos globais tanto em 2021 quanto em 2023, e diminuiu apenas um ponto percentual para mudanças regulatórias/legislativas, refletindo o potencial esforço das organizações para acompanhar as mudanças.

Apesar dos ganhos de prontidão relatados, 39% dos entrevistados ainda relataram perdas de renda relacionadas aos 10 principais riscos nos últimos 12 meses. Este é o maior percentual de perdas relatadas em 10 anos e é nove pontos percentuais superior a 2021.

Os 10 principais riscos Perda de renda nos últimos 12 meses 2023 Perda de renda nos últimos 12 meses 2021
Ataques cibernéticos/violação de dados 18% 18%
Interrupção do negócio 32% 41%
Desaceleração econômica/recuperação lenta 55% 57%
Incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos 33% 23%
Mudanças regulatórias/legislativas 26% 21%
Falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição 43% 35%
Risco de preço das commodities/escassez de materiais 64% 50%
Dano à reputação/marca 8% 8%
Incapacidade de inovar/atender às necessidades do cliente 22% 16%
Aumento da concorrência 41% 32%

Muitos dos riscos atualmente classificados entre os 10 principais podem ser caracterizados como de interrupção de eventos — ou seja, causados por grandes eventos que interrompem a trajetória de uma organização. Pelas razões mencionadas anteriormente, tais eventos estão ocorrendo com maior frequência e em maior número. E, além de enfrentarem um portfólio de riscos interdependentes, as organizações ainda estão lidando com uma escassez de talentos que aumenta ainda mais a exposição e complica o planejamento. Portanto, é preciso fortalecer as estruturas de gestão de riscos para que essas companhias tenham capacidade de suportar a crescente volatilidade e velocidade do cenário de risco, bem como a incerteza econômica que as permeia.

Mudanças macroeconômicas e exposições progressivamente complexas e inter-relacionadas contribuíram para a persistência desses riscos classificados entre os 10 principais em 2021. No entanto, o fato de terem permanecido entre os 10 principais em 2023 se deu pela sua quantificação inadequada e por suas interseções intrincadas.

Apesar da alta porcentagem de participantes que relataram ações de mitigação em vigor para os 10 principais riscos, quando os aspectos individuais de prontidão relatada são examinados, sua relação com o aumento da perda de renda relatada fica mais clara.

Ações de mitigação adotadas para os 10 principais riscos 2023 2021
Risco avaliado 34% 39%
Risco quantificado 17% 28%
Desenvolvimento de planos de continuidade 23% 24%
Desenvolvimento do plano de gestão de riscos 28% 35%
Avaliações de soluções de financiamento/transferência de riscos 16% 20%
Outro 3% 3%

Na verdade, a quantificação dos riscos caiu drasticamente entre 2021 e 2023: mais especificamente de 28% para 17% (11 pontos percentuais).Isso só demonstra que quando as organizações não são capazes de medir adequadamente sua exposição potencial a um risco, os esforços para mitigá-lo ou se recuperar dele também acabam sendo inadequados. A tomada de decisão informada é a pedra angular da resiliência ao risco robusta, e requer avaliação, quantificação, mitigação e gerenciamento completos do ciclo de vida.

Até que a quantificação melhore, as exposições a esses riscos continuarão sendo prioridade dentre as preocupações das organizações, inibindo potencialmente o seu crescimento. Embora a quantificação de risco seja frequentemente complexa e exija uma grande quantidade de dados que muitos líderes de negócios acreditam não ter, uma combinação de dados organizacionais e modelagem de risco tem o potencial de garantir que eles estejam mais bem informados e possam tomar melhores decisões de gestão de riscos.

Riscos futuros

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  1. Ataques cibernéticos/violação de dados
  2. Desaceleração econômica/recuperação lenta
  3. Risco de preço das commodities/escassez de materiais
  4. Incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos
  5. Mudanças regulatórias/legislativas
  6. Interrupção do negócio
  7. Aumento da concorrência
  8. Escassez de mão-de-obra
  9. Incapacidade de inovar/atender às necessidades do cliente
  10. Risco de fluxo de caixa/liquidez
 

Os participantes preveem que os 10 principais riscos futuros permanecerão bastante consistentes com os principais riscos atuais. Os ataques cibernéticos/violação de dados continuam sendo o risco número um no futuro, refletindo o papel da tecnologia como um facilitador chave do crescimento econômico e impulsionador do cenário de ameaças cibernéticas progressivamente complexas e em evolução.

Os impactos do capital humano no cenário de risco provavelmente se intensificarão, de acordo com os participantes da pesquisa. A incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos mantém a quarta posição no ranking de previsões para o futuro, e a escassez de força de trabalho passou a ser contemplado entre os 10 principais riscos previstos, ficando em oitavo lugar em 2026 globalmente. Sete setores da indústria incluem a escassez de mão de obra em suas listas dos 10 principais riscos futuros, e os provedores de saúde e setor de serviços a listam como seu segundo maior risco futuro. Isso ilustra a importância do alinhamento entre os líderes de riscos e os de pessoas para que o capital humano seja reconhecido como fundamental para o crescimento empresarial, à medida que a resiliência do risco e da força de trabalho se tornam mais interligadas.

Aqui estão também algumas previsões para outros rankings de risco futuro que estão ganhando força:

  • O risco político, que estava na 16ª posição em 2023, subiu cinco posições na lista de riscos futuros, chegando à 11ª posição. Os participantes estão claramente preocupados com o fato de que os efeitos da volatilidade geopolítica estão aumentando o risco para suas organizações. Na verdade, o crescimento dos níveis de polarização política em todo o mundo significa que uma mudança no governo de um país pode resultar em mudanças políticas significativas, causando maior incerteza. E, com um conflito prolongado na Ucrânia e maior instabilidade em Israel e no Oriente Médio em geral, essa previsão se torna cada vez mais certeira.
  • A mudança climática também subiu cinco posições entre 2023 e 2026. Embora os entrevistados não classifiquem o risco de mudança climática no nível que nossos especialistas consideram apropriado, ele é classificado como um risco futuro número sete e nove, respectivamente, pelos participantes da América Latina e da Europa na pesquisa de 2023.
  • A Inteligência Artificial subiu incríveis 32 posições, passando da 49ª posição na lista de risco atual de 2023 para a 17ª nos riscos futuros. Os entrevistados de Recursos Humanos colocam a IA em sua lista dos 10 principais riscos futuros na oitava posição, enquanto os participantes da Índia e do Reino Unido a classificam como a sétima e a terceira maior posição de risco futuro, respectivamente. Isso sinaliza que, embora as organizações reconheçam o potencial econômico da IA e estejam adotando novas tecnologias para impulsionar o crescimento, também reconhecem os potenciais riscos de segurança cibernética, legais, operacionais e de capital humano que ela traz.

Riscos subestimados

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Acreditamos que os participantes na pesquisa subestimaram os seguintes riscos:

Os profissionais de risco analisam o risco climático sob duas perspectivas distintas: o clima hoje e daqui a 30 anos. Os riscos climáticos mais imediatos incluem danos à propriedade, condições climáticas severas, catástrofes naturais, mudanças regulatórias e conformidade. Com relação ao futuro, os preparativos para as transições climáticas e energéticas e a gestão dos riscos associados a essas transições também se destacam nas avaliações de risco profissionais. Embora a mudança climática tenha alcançado sua maior classificação geral na nossa pesquisa mais recente, ela continua sendo um risco global subestimado na 17ª posição e, de acordo com nossas previsões, promete continuar assim no futuro, na 12ª posição. No entanto, o fato de os profissionais de risco incluírem a mudança climática em seus riscos futuros na oitava posição é sinal de que eles a classificam como uma exposição crítica.

Os participantes de três setores da indústria — alimentos, agronegócio e bebidas, seguros e recursos naturais — classificam a mudança climática como um de seus seus 10 principais riscos atuais, e cinco setores a classificam em seus 10 principais riscos futuros.

A partir de uma perspectiva regional, apenas os participantes da América Latina e da Europa incluíram as mudanças climáticas em seus 10 principais riscos futuros. Os participantes do Reino Unido, no entanto, classificam-na na 10ª posição em seus principais riscos atuais e na terceira em seus riscos futuros, empatados com a IA.

A mudança climática não é um risco emergente; é um risco urgente. Um número crescente de partes interessadas — desde governos, órgãos reguladores e acionistas até funcionários e consumidores — está responsabilizando mais as organizações pela sua contribuição e combate às alterações climáticas. Como resultado, cada vez mais a questão está ganhando um investimento proeminente.

Enquanto o mundo enfrenta um desafio monumental em relação ao aumento da volatilidade, estamos nos esforçando coletivamente para abordar o impacto da mudança climática hoje e no futuro.

À luz das manchetes onipresentes sobre IA — desde a greve dos escritores de Hollywood aos terríveis avisos do "padrinho da IA" — o fato de os participantes classificarem a IA na 49ª posição da lista global em 2023 é surpreendente. O fato de a IA subir para a 17ª posição na lista de riscos futuros talvez indique que muitas organizações estão adotando uma abordagem de esperar para ver em relação à tecnologia, conscientes de suas possíveis implicações de risco, mas ainda sem ter uma posição clara sobre como ou em que medida a usarão. Seis indústrias que investiram e investigaram aplicações de tecnologias de IA (serviços profissionais, instituições financeiras, seguros, tecnologia, mídia e comunicações e o setor público) colocaram a IA em suas listas dos 10 principais riscos futuros.

A IA representa uma das preocupações mais urgentes em meio ao avanço tecnológico exponencial. Pesquisados em 2023, 95% dos líderes empresariais globais disseram acreditar que a IA provavelmente desencadeará uma nova onda de valor econômico. Uma tecnologia emergente de IA, a IA generativa, tem o potencial de adicionar o equivalente a US$ 2,6 trilhões a US$ 4,4 trilhões anualmente à economia global.

Mas os potenciais impactos de risco da IA vão muito além da exposição à segurança cibernética. Esta nova tecnologia pode causar problemas legais e ampliar os riscos de capital humano. A velocidade deste risco está crescendo tão rapidamente que provavelmente terá grandes implicações bem antes da nossa próxima pesquisa. No entanto, assim como ocorre quando alguma tecnologia nova e disruptiva é adotada rapidamente, a IA também transformará o cenário de risco corporativo para todos os setores, introduzindo novas exposições para muitas empresas e alterando a gravidade e a velocidade de muitos riscos existentes.

A atual falta de barreiras em torno do uso desta tecnologia é um assunto de proeminente discussão em conselhos de administração em todo o mundo. Considere, por exemplo, o uso da IA na área da saúde, que também enfrenta uma grave escassez de mão de obra: os altos riscos e potenciais perigos são facilmente visíveis. Os gerentes de risco que entenderem as responsabilidades e as implicações de seguros dos casos de uso de IA em toda a cadeia de valor digital são aqueles que realmente agregam valor à estratégia de IA corporativa.

Os riscos de PI caíram para sua classificação mais baixa desde o início da pesquisa, mais exatamente para a 45ª posição em 2023 (estava na 25ª em 2021). Considerando que os ativos intangíveis, a maioria na forma de PI, representam 90% do valor das empresas do S&P 500, e que houve um aumento no litígio de PI, isso é surpreendente. As patentes, marcas e os segredos comerciais das organizações estão cada vez mais sujeitos a desafios legais. E alguns prêmios excepcionalmente robustos nos últimos anos levaram os detentores de patentes a apresentar ações contra seus concorrentes. Além disso, a tecnologia e a proliferação da IA têm atrapalhado as organizações que tentam determinar o que constitui violação, aumentando as disputas relacionadas a patentes.

Divergência por região

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A partir de uma perspectiva regional, é possível observar que há alguma consistência: 5 dos 10 principais riscos atuais — ataques cibernéticos/violação de dados, interrupção do negócio, desaceleração econômica/recuperação lenta, falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição e mudanças regulatórias/legislativas — aparecem em todas as geografias.

  Ásia pacífico Europa América Latina Oriente Médio e África América do Norte
1 Ataques cibernéticos/violação de dados Ataques cibernéticos/violação de dados Ataques cibernéticos/violação de dados Flutuação da taxa de câmbio Incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos
2 Desaceleração econômica/recuperação lenta Risco de preço das commodities/escassez de materiais Ataque cibernético o filtración de datos Fluctuación de la tasa de cambio No atraer o no retener a los mejores talentos
3 Interrupção do negócio Interrupção do negócio Mudanças regulatórias/legislativas Interrupção do negócio Desaceleração econômica/recuperação lenta
4 Incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos Desaceleração econômica/recuperação lenta Risco de preço das commodities/Escassez de materiais Risco de fluxo de caixa/liquidez Falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição
5 Tendências de mercado em rápida mudança Incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos Risco político Risco político Interrupção do negócio
6 Falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição Mudanças regulatórias/legislativas Desaceleração econômica/recuperação lenta Ataques cibernéticos/violação de dados Mudanças regulatórias/legislativas
7 Mudanças regulatórias/legislativas Falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição Falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição Falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição Dano à reputação/marca
8 Aumento da concorrência Dano à reputação/marca Dano patrimonial Risco de preço das commodities/escassez de materiais Incapacidade de inovar/atender às necessidades do cliente
9 Incapacidade de inovar/atender às necessidades do cliente Incapacidade de inovar/atender às necessidades do cliente Dano à reputação/marca Incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos Escassez de mão-de-obra
10 Risco de preço das commodities/escassez de materiais Escassez de mão-de-obra Clima/desastres naturais Incapacidade de inovar/atender às necessidades do cliente Risco de fluxo de caixa/liquidez

 

Os ataques cibernéticos/violação de dados são o maior risco em três regiões na pesquisa mais recente; em 2021, apenas a América do Norte classificou esse risco como número um, ilustrando a escalada da gravidade e da globalização do risco cibernético. Enquanto em 2021 apenas cinco setores classificavam os ciberataques como seu principal risco, agora, nove indústrias o fazem, tanto no cenário atual quanto no futuro.

A incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos chegou à lista dos 10 principais em quatro regiões em nossa última pesquisa, em comparação com duas regiões em 2021. Outro risco de pessoal chave, a escassez de mão-de-obra, também está ganhando força, entrando na lista dos 10 principais das classificações atuais de risco na Europa e na América do Norte. O fato de esses riscos relacionados às pessoas não estarem incluídos na lista dos 10 principais atuais ou futuros da América Latina provavelmente reflete o crescimento lento que a região sofreu recentemente.

Os danos à reputação/marca permanecem na lista dos 10 principais riscos em três regiões em nossa pesquisa de 2023, embora em 2021 tenham sido classificados na quarta posição para a Ásia-Pacífico e agora tenham saído da lista dos 10 principais dessa região. Eles continuam na lista dos 10 principais dos participantes europeus e norte-americanos e entrou na lista dos 10 principais da América Latina.

O risco político, classificado na posição cinco em riscos atuais pelos entrevistados da América Latina e do Oriente Médio e da África, está ganhando terreno como uma ameaça percebida em meio à instabilidade política em andamento, subindo para a posição um e posição dois, respectivamente, nas classificações de riscos futuros dessas regiões.

O risco de preço das commodities/escassez de materiais está ganhando força e está aumentando nas classificações de risco futuros para os entrevistados na Ásia-Pacífico, América Latina e Oriente Médio e África e permanecendo no mesmo nível anterior para os entrevistados na Europa. Ele não aparece na lista dos 10 principais da América do Norte, nem na atual ou na de riscos futuros, sugerindo que os participantes da região podem ter a sensação de que a produção doméstica abundante oferece proteção significativa contra a escassez global de commodities.

Como dito anteriormente, os entrevistados da América Latina e da Europa incluem as mudanças climáticas em seus 10 principais riscos futuros. Uma revisão dos 10 principais eventos de perda econômica mais caros devido a catástrofes naturais no primeiro semestre de 2023 traz o contexto para essas classificações. Quatro dos cinco principais eventos em 2023 — terremotos na Turquia e na Síria; a seca da Bacia do Prata em todo o Brasil, Argentina e Uruguai; as inundações de Emilia Romagna na Itália; e a seca na Espanha — todos aconteceram durante o período de captura de dados da pesquisa, colocando o impacto devastador das mudanças climáticas em foco nessas regiões.

Divergência por cargo do respondente

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  RH Executivos de primeira linha Riscos Finanças
1 Incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos Ataques cibernéticos/violação de dados Ataques cibernéticos/violação de dados Risco de preço das commodities/escassez de materiais
2 Desaceleração econômica/recuperação lenta Incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos Interrupção do negócio Falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição
3 Aumento da concorrência Desaceleração econômica/recuperação lenta Desaceleração econômica/recuperação lenta Desaceleração econômica/recuperação lenta
4 Ataques cibernéticos/violação de dados Risco de preço das commodities/escassez de materiais Risco de preço das commoditiesescassez de materiais Ataques cibernéticos/violação de dados
5 Escassez de mão-de-obra Mudanças regulatórias/legislativas Falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição Interrupção do negócio
6 Tendências de mercado em rápida mudançao Interrupção do negócio Mudanças regulatórias/legislativas Mudanças regulatórias/legislativas
7 Incapacidade de inovar/atender às necessidades do cliente Escassez de mão-de-obra Incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos Aumento da concorrência
8 Mudanças regulatórias/legislativas Aumento da concorrência Dano à reputação/marca Risco de fluxo de caixa/liquidez
9 Risco de fluxo de caixa/liquidez Falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição Incapacidade de inovar/atender às necessidades do cliente Incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos
10 Falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição Risco de fluxo de caixa/liquidez Dano patrimonial Dano à reputação/marca

 

Os profissionais de risco e executivos de primeira linha classificaram os ataques cibernéticos/violação de dados como o principal risco tanto atualmente quanto para o futuro. Os profissionais de RH escolheram a incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos como seu principal risco, e os profissionais de finanças selecionaram o risco de preço de commodities/escassez de materiais como o seu. Observa-se que o risco em 1ª posição para todos os tipos de cargos está também em suas listas tanto dos 10 principais riscos, tanto atualmente quanto no futuro.

Dado que a incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos está em alta em todas as regiões e indústrias, não é surpresa que os profissionais de RH o classifiquem como o risco atual e futuro de posição número um. Enquanto os entrevistados de RH e executivos de primeira linha classificam-na como um dos 10 principais riscos atuais, a escassez de força de trabalho não foi incluída nas listas atuais dos 10 principais para os entrevistados em outros cargos; isso é de se admirar, uma vez que essa é uma grande preocupação em vários setores-chave, incluindo saúde.

É também relevante o fato de que os executivos de primeira linha não tenham incluído os danos à reputação/marca em seus 10 principais riscos atuais, embora os profissionais de risco e finanças os classifiquem nas 8ª e 10ª, respectivamente. Como os executivos de primeira linha estão sob maior escrutínio de clientes, funcionários e acionistas ligados à responsabilidade social corporativa e ESG, o risco à reputação seria um provável candidato a um risco dentre os 10 principais. O fato de ele não aparecer nas listas dos 10 principais destes entrevistados indica que eles contam com medidas adequadas em vigor para gerir o risco ou que consideram que a responsabilidade pelo risco à reputação cabe às equipes de gestão de risco das suas organizações.

Os entrevistados em todos os cargos classificam a desaceleração econômica/recuperação lenta como o segundo maior risco, e todas as funções, exceto os profissionais de RH, incluem o risco político entre os seus 10 principais riscos futuros, ilustrando preocupações sobre as incertezas relacionadas com a volatilidade econômica e a política em curso. Outras classificações de risco variaram. Por exemplo, apenas os 10 principais riscos futuros dos profissionais de RH incluem o envelhecimento e os problemas de saúde relacionados à força de trabalho, bem como os riscos da IA.

Tomando melhores decisões para moldar o futuro

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Manter uma vantagem competitiva, proteger seu balanço patrimonial, focar na sua agenda de talentos e promover o crescimento sustentável não é simples no cenário em rápida evolução de hoje. Acreditamos que a resiliência ao risco e a sustentabilidade da força de trabalho são fundamentais para o sucesso de qualquer organização que esteja navegando na atual turbulência geopolítica e macroeconômica. Se os riscos emanam de uma agenda digital proativa, exposição climática, dependência da cadeia de suprimentos ou desafios de talentos, uma perspectiva compartilhada e análises baseadas em fatos (tanto retrospectivas quanto preditivas) pode fornecer insights inestimáveis sobre esses riscos e tendências que não apenas são capazes de informar os líderes de negócios, mas também lhes permitem tomar melhores decisões sobre sua gestão.

O que é exclusivo na pesquisa de 2023 da Aon é que ela ilustra vividamente a crescente proeminência da agenda de capital humano corporativo sob duas vertentes. Primeiro, mostra a oportunidade. Uma força de trabalho resiliente, qualificada e engajada será capaz de executar melhor a estratégia corporativa e criar uma vantagem competitiva tangível. Por outro lado, destaca os riscos. No cenário atual, o impacto indireto de errar na estratégia da força de trabalho é maior do que nunca e pode impedir que as empresas cumpram seus objetivos.

Os executivos de primeira linha e de pessoas continuam enfrentando desafios e oportunidades da força de trabalho, como uma pandemia global, trabalho remoto, um movimento de justiça social, a grande resignação/desistência silenciosa, o bem-estar dos funcionários e, mais recentemente, um cenário de incertezas econômicas. As fronteiras entre os riscos de capital humano e os de operações empresariais continuam cada vez mais incertas. A disponibilidade e as habilidades de nossas forças de trabalho são uma fonte aceleradora de riscos comerciais, como a interrupção da cadeia de suprimentos e do negócio, e o crescente perfil de ameaças estratégicas — como a falta de inovação ou o aumento da concorrência — criam um ambiente em que as lacunas de talentos se tornam uma das questões mais significativas na mente dos executivos.

À medida que os riscos convergem, a resposta das empresas precisa ser mais assertiva. Os conselhos administrativos e outras partes interessadas estão exigindo maior visibilidade de como esses riscos e oportunidades estão sendo monitorados e rastreados pela liderança. Como resultado, os líderes de pessoas precisam estar equipados com as informações para abordar esses tópicos de vários ângulos, incluindo como gerir e mitigar os riscos inerentes. Além disso, eles precisam demonstrar progresso no gerenciamento de exposições relacionadas em comparação com a de seus pares, bem como antecipar o que poderia vir a seguir.

Em um período de mudanças rápidas e maior volatilidade, líderes de pessoas, finanças e riscos precisam se unir para entender melhor como eles estão inter-relacionados. O objetivo deve ser o de ter uma interpretação única da importância estratégica e financeira do perfil de risco de suas empresas e seguir uma abordagem unida para mitigar, gerenciar e trazer capital para essas exposições. Esperamos que as descobertas da nossa pesquisa forneçam subsídios para reflexão sobre as principais áreas que ameaçam a volatilidade dos lucros para os negócios hoje e amanhã.

Apêndice

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O gráfico a seguir mostra a classificação completa de riscos da nona edição da nossa Pesquisa Global de Gestão de Riscos.

Os dados são baseados em respostas de 2.842 responsáveis por tomadas de decisão, incluindo gestores de risco, executivos de primeira linha, tesoureiros, profissionais de RH e talentos de 16 grupos industriais, que incluem pequenas, médias e grandes empresas de 61 países/territórios de todo o mundo.

A pesquisa foi realizada no período de junho a julho de 2023.

Segurável Parcialmente segurável Não segurável
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
  1. Ataques cibernéticos/violação de dados
  2. Interrupção do negócio
  3. Desaceleração econômica/recuperação lenta
  4. Incapacidade de atrair ou reter os melhores talentos
  5. Mudanças regulatórias/legislativas
  6. Falha na cadeia de suprimentos ou na distribuição
  7. Risco de preço das commodities/Escassez de materiais
  8. Dano à reputação/marca
  9. Incapacidade de inovar/atender às necessidades do cliente
  10. Aumento da concorrência
  11. Risco de fluxo de caixa/liquidez
  12. Escassez de mão-de-obra
  13. Dano patrimonial
  14. Falha da tecnologia ou do sistema
  15. Clima/desastres naturais
  16. Risco político
  17. Mudança climática
  18. Tendências de mercado em rápida mudança
  19. Risco de gestão de fornecedores/terceiros
  20. Risco ambiental
  21. Volatilidade geopolítica
  22. Flutuação da taxa de câmbio
  23. Governança Social Ambiental (ESG)/Responsabilidade Social Corporativa (RSC)
  24. Acidentes de trabalho
  25. Flutuação das taxas de juros
  26. Disponibilidade de capital
  27. Responsabilidade por produtos/Recall de produtos
  28. Fracasso de grandes projetos
  29. Responsabilidade de terceiros (e.g. E&O)
  30. Falha na implementação/comunicação da estratégia
  31. Requisitos de privacidade dos dados (incluído o RGPD)/Não-conformidade
  32. Risco de pandemia/crises de saúde
  33. Risco de crédito de contraparte
  34. Volatilidade do preço dos ativos
  35. Infraestrutura tecnológica desatualizada
  36. Envelhecimento da força de trabalho e questões de saúde relacionadas
  37. Responsabilidade civil (diretores e funcionários hierárquicos)
  38. Risco de concentração (produto, pessoas, geografia, etc.)
  39. Fusões/aquisições/reestruturação
  40. Tecnologias disruptivas
  41. Absentismo
  42. Custos crescentes de saúde
  43. Risco de conduta/Comportamento antiético
  44. Planejamento sucessório inadequado
  45. Riscos de propriedade intelectual
  46. Roubo
  47. Globalização/Mercados emergentes
  48. Fraude ou desvio de fundos
  49. Inteligência Artificial (IA)
  50. Terceirização
  51. Terrorismo
  52. Volatilidade do preço das ações
  53. Assédio/discriminação (relacionados com o emprego)
  54. Riscos de pensões
  55. Diferença salarial entre homens e mulheres
  56. Impacto do Brexit
  57. Impacto da tecnologia de Blockchain
  58. Dívida pública
  59. Extorsão
  60. Sequestro e resgate

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