Por que o aumento da concorrência é um dos principais riscos para as organizações atualmente?
A digitalização generalizada e a adoção de novas tecnologias, incluindo a inteligência artificial generativa, significa que os modelos operacionais tradicionais estão rapidamente se tornando obsoletos e desafiando as empresas em todos os setores. As empresas que aproveitaram a tecnologia avançada estão reduzindo custos, criando novos fluxos de receita e utilizando análises para se diferenciar dos concorrentes, criando experiências de clientes mais eficientes e individualizadas.
Ao mesmo tempo, a alteração das preferências e dos interesses dos clientes está acelerando o ritmo a que os novos operadores são capazes de competir pela cota de mercado. Enquanto isso, os consumidores estão cada vez mais considerando a sustentabilidade e buscando informações nas mídias sociais e on-line para avaliar empresas e produtos e examinar a reputação empresarial.
Fatores externos como a volatilidade geopolítica, os acontecimentos climáticos e a inflação também podem alterar o cenário competitivo, influenciando a estratégia e afetando a execução em igual medida.
O aumento da concorrência teve um impacto considerável nos serviços financeiros e na indústria bancária, onde novos intervenientes como a Revolut, a Monzo e a Starling entraram no mercado, desafiando os modelos bancários tradicionais e permitindo às pessoas gerenciar não apenas as suas contas correntes, mas também as suas carteiras de investimento a partir de seus telefones celulares.
Graças à facilidade e ao custo relativamente baixo da execução de transações financeiras, muitos clientes migraram de bancos tradicionais. Como consequência, muitas agências bancárias físicas fecharam devido ao declínio no número de clientes.
O mercado de agências esportivas também experimentou uma atividade de consolidação decorrente do aumento da concorrência. Em nossa pesquisa, a indústria de esportes e entretenimento classificou o aumento da concorrência como o quarto risco atual. Conforme relatado pela Forbes, uma série de fusões que começaram em 2019 mais do que duplicou os valores dos contratos para algumas agências, criando um mercado em que os US$ 3 bilhões em comissões recebidos pelas cinco principais agências são mais do dobro do montante combinado para as restantes 15 agências entre as 20 primeiras.