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Risco em 2020: tendências e previsões para o novo ano

No ano de 2019 não diminuíram o número de desafios que afetam a economia global. Ao longo do ano, as empresas tiveram de permanecer atentas a várias questões, como o impacto da incerteza geopolítica, as tensões no comércio internacional e a permanente volatilidade do mundo tecnológico.

Em 2020, novos riscos e desafios vão emergir, mas com eles também novas oportunidades e um grande potencial de crescimento de negócio. Conheça três tendências para este ano no que respeita ao risco e à forma como as empresas se vão adaptar à economia digital.

MUDANÇA NO VALOR DAS EMPRESAS: O QUE É INVISÍVEL TORNA-SE MAIS VALIOSO

Quase todas as indústrias estão a lidar com algum tipo de disrupção tecnológica, o que as está a obrigar a reformular os seus modelos de negócio. Seja uma multinacional, uma PME ou uma startup, a inovação é rainha. E quanto mais prematuramente as empresas se adaptarem, mais dividendos vão retirar dessa aposta.

Uma mudança importante, e que em 2020 ganhará uma importância crescente, decorre dos ativos intangíveis, como é o caso da propriedade intelectual (patentes, marcas registadas, segredos comerciais, direitos de autor, dados e até o valor da própria marca).

Empresas de setores como tecnologia ou farmacêutica tendem a entender melhor a importância da propriedade intelectual, dada a natureza dos seus negócios: é, afinal, um importantíssimo diferencial competitivo.

Mas, em 2020, e nos próximos anos, empresas de todos os setores vão estar mais atentas à relevância desses ativos e à forma como estes levam à criação de valor. Líderes de negócios, especialmente aqueles com maior visão, alinharão estrategicamente este tipo de ativos de alto valor à sua estratégia de negócios.

Gerar valor, convertendo investimento em ativos valiosos de propriedade intelectual (desde que assegurando a proteção contra o cibercrime), será essencial às empresas que queiram permanecer não apenas competitivas, mas líderes na sua indústria.

O PODER DOS DADOS TRANSFORMARÁ INCERTEZA EM OPORTUNIDADE

Os gestores de topo enfrentam dois tipos de risco: conhecido e desconhecido. Lidar com riscos conhecidos (aqueles em que já existem dados ou modelos para ajudar a prever e mitigar riscos) e desconhecidos (os emergentes, com poucos dados ainda disponíveis), requer uma abordagem totalmente distinta quanto ao reconhecimento da relevância dos dados.

Foram gerados mais dados nos últimos anos do que em qualquer outro período da História, e prevê-se que a quantidade de dados duplique a cada três anos. No entanto, de pouco servem os dados se deles não forem extraídos os insights corretos, e desses não se tomarem as decisões de negócio acertadas.

Em 2020, os gestores vão basear-se mais nos dados para avaliar estratégias, quer se trate de uma possível transformação no seu modelo de negócio, de uma avaliação de ameaças competitivas ou no planeamento de contratações.

CONTROLAR RISCOS CIBERNÉTICOS TORNA-SE PRIORIDADE DE TOPO

O mundo empresarial atual não tem fronteiras. Em 2020, esse cenário não só se manterá, como se intensificará. À medida que as empresas passam por uma transformação mais rápida do que nunca, a tecnologia continuará a levar os negócios adiante.

No entanto, também o risco cibernético aumentará exponencialmente. O relatório Global Risk Management Survey, da Aon, revela que os ataques cibernéticos são o sexto maior risco a nível global, sendo já o risco número um nos Estados Unidos. Estes números demonstram não só o perigo associado à tecnologia, como o seu rápido incremento.

À medida que o risco vai aumentando, os consumidores começarão a exigir demonstrações tangíveis de compromisso por parte das empresas quanto à segurança dos seus dados. Em 2020, assistiremos ao desenvolvimento dessa pressão.

Assim sendo, é essencial que as empresas criem resiliência cibernética, entrando no que se chama de Cyber Loop, e que façam seguros dos seus ativos, primordialmente dados e informações sigilosas de estratégias de negócio.

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